Dos 13 partidos e uma coligação que entregaram listas de candidatos no Tribunal do Funchal, estão publicados desde 16 de abril na página da Internet da Entidade das Contas e Financiamentos Políticos (ECFP) os orçamentos de campanha do Bloco de Esquerda (BE), Partido Socialista (PS), Livre (L), Iniciativa Liberal (IL), Reagir, Incluir, Reciclar (RIR), CDU – Coligação Democrática Unitária (PCP/PEV), Chega (CH), CDS – Partido Popular (CDS-PP), Partido da Terra (MPT), Partido Social-Democrata (PPD/PSD), Pessoas-Animais-Natureza (PAN), Partido Trabalhista Português (PTP) e Juntos Pelo Povo (JPP).
De acordo com o ‘site’ da Entidade das Contas e Financiamentos Políticos, o Alternativa Democrática Nacional (ADN), que é a primeira força política no boletim de voto, não entregou o orçamento, mas o cabeça de lista do partido, Miguel Pita, disse à agência Lusa que o documento será remetido hoje, indicando que o valor é de 10.000 euros.
O PSD é o partido que prevê gastar mais dinheiro na campanha eleitoral, que decorre de 14 a 24 de maio, com um orçamento de 340.000 euros, dos quais 250.000 da subvenção estatal e 90.000 de contribuição de partidos políticos.
A maior fatia do orçamento dos social-democratas – 90.000 euros – será canalizada para propaganda, comunicação impressa e digital, seguindo-se estruturas, cartazes e telas (75.000), brindes e outras ofertas (75.000) e comícios e espetáculos (60.000).
Segundo os orçamentos disponíveis na página da Internet da ECFP, o PS é o segundo partido a investir mais na campanha – 150.000 euros, verba proveniente na totalidade da subvenção estatal –, canalizando a maior fatia (75.000) para comícios e espetáculos.
Segue-se o CDS-PP, com um gasto previsto de 100.000 euros, dos quais 25.000 para estruturas, cartazes e telas.
O JPP prevê gastar 96.100 euros na campanha, com a maior fatia (20.000) direcionada para estruturas, cartazes e telas.
A CDU é a quinta força política com o orçamento mais elevado (80.000 euros), seguindo-se a IL (60.000), o BE (42.720), o PAN (30.358,34), o Chega (25.000), o Livre (10.000), o PTP (5.000) e o RIR (500).
O MPT não estima gastar qualquer quantia, à semelhança do que se verificou nas eleições de 2019 e 2023.
Nas legislativas regionais de setembro de 2023, concorreram duas coligações – PSD/CDS-PP e CDU (PCP/PEV) – e outros 11 partidos: PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PAN, Livre e IL, que apresentaram uma previsão global de gastos em campanha na ordem de 1.133.816,95 euros.
PS apresentou o valor mais elevado (400 mil euros), ao passo que o PSD e o CDS-PP, que nesse ano concorreram coligados, apontaram para 380 mil euros.
Entre os 47 mandatos atribuídos nas eleições de 2023, a coligação PSD/CDS-PP conseguiu 23 deputados, o PS elegeu 11, o JPP cinco e o Chega quatro, enquanto a CDU, a IL, o PAN e o BE elegeram um deputado cada.
As antecipadas de 26 de maio ocorrem oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.
Posteriormente, Albuquerque apresentou a demissão, o que levou à queda do executivo.
Lusa