O secretário regional da Saúde da Madeira afirmou hoje, no Funchal, que nunca ocorreu qualquer caso de ‘legionella’ na região autónoma, apesar da "longevidade" de algumas unidades hospitalares e destacou a eficácia do programa de prevenção de infeções.
"Estas infeções por ‘legionella’ têm a ver com problemas no circuito de águas nas unidades de saúde e aqui, na região, até temos unidades com alguma longevidade, nomeadamente o Hospital dos Marmeleiros, mas felizmente essa situação nunca se verificou", disse Pedro Ramos, no âmbito de uma iniciativa de estímulo à vacinação contra a gripe.
O governante destacou a eficácia do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistências aos Antimicrobianos, em vigor na região há vários anos e ao qual aderiram todas as unidades de saúde, vincando que isso permite monitorizar as infeções ao nível dos cuidados primários, agudos e continuados.
"Aqui, na região, não temos tido problemas dessa natureza, porque temos tido um controlo sobre as infeções", realçou.
No Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, subiu para 34 os casos confirmados de doença dos legionários, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS), tendo o surto provocado já a morte de duas pessoas.
Entretanto, o secretário regional da Saúde deslocou-se hoje ao Centro de Saúde do Bom Jesus, no centro do Funchal, onde foi vacinado contra a gripe, no âmbito de uma iniciativa de sensibilização.
Pedro Ramos sublinhou que o executivo madeirense adquiriu, este ano, 34 mil vacinas contra a gripe e já foram utilizadas 23 mil.
A taxa é semelhante à de igual período do ano passado, mas em termos dos profissionais de saúde está "ligeiramente mais baixa", sendo de 40% ao nível dos enfermeiros e 30% nos médicos.
O governante lembrou, a propósito, que a recomendação da Direção Geral de Saúde é "vacinar, vacinar, vacinar", principalmente no que toca aos grupos de risco, como a população com mais de 65 anos, as grávidas, os doentes crónicos e os profissionais de saúde.
"Só assim vamos diminuir os casos de gripe que possam porventura acontecer e que levam muitas pessoas às urgências e causam muitos problemas de gestão das camas em termos de unidades de saúde", realçou.
LUSA