"O templo tem capacidade para 700 pessoas. É uma iniciativa dos lusodescendentes aqui radicados, que tem contado apenas com o afinco e o trabalho do povo português", disse à agência Lusa o padre Jaime Pereira, responsável pela paróquia.
Ele próprio lusodescendente, o padre Jaime Pereira considera "surpreendente" ver como os lusodescendentes têm uma vida ativa, na promoção da fé mariana local, a tal ponto que a paróquia recebeu o nome de Nossa Senhora de Fátima e uma Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima tem sido levada a várias localidades da região.
"Os lusodescendentes têm-se unido cada dia mais, de maneira surpreendente, ao trabalho que se vem fazendo, para levar o nome de Maria, Nossa Senhora de Fátima a cada lugar de Puerto Cabello", salientou.
As obras estão a ser desenvolvidas pela Fundação Nossa Senhora de Fátima de Puerto Cabello, fundada há quase quarenta anos e que há três iniciou a construção do templo.
Na parte superior do templo, que terá dois pisos, ficará instalado um centro de ensino de língua e história portuguesas, de apoio a grupos de folclore e polo de ajuda ao emigrante português, frisou.
A fundação foi criada para acompanhar e reforçar a devoção religiosa dos venezuelanos e dos lusodescendentes.
"Deus abençoou a Venezuela com muitas vocações de Portugal. Há cada vez mais jovens no seminário e há 27 sacerdotes luso-venezuelanos espalhados pelo país", destacou.
Também em declarações à agência Lusa, o comerciante João Alberto Santos, da Fundação Nossa Senhora de Fátima de Puerto Cabello, disse que apenas tem sido procurado apoio económico para a iniciativa no seio da comunidade lusodescendente.
"Tudo o que estamos a fazer é com dinheiro da comunidade portuguesa. Primeiro fizemos a igreja e agora o altar. Queremos que também aqui os nossos filhos estudem, pratiquem e dancem a nossa cultura", defendeu.
LUSA