“Neste arranque de 2024, estamos conscientes de que a deflação alimentar que estimamos para o primeiro semestre será o nosso maior desafio”, afirma Pedro Soares dos Santos, no comunicado dos resultados relativos a 2023.
Trata-se de “uma deflação que tenderá a levar à priorização do crescimento dos volumes por parte de todos os retalhistas e, consequentemente, a uma crescente intensidade concorrencial nos mercados em que operamos”, acrescenta o gestor.
“Num contexto de grande incerteza associada às tensões geopolíticas crescentes e de pressão acrescida para o negócio resultante da perigosa combinação entre a deflação alimentar e a elevada inflação de custos, utilizaremos a solidez das nossas posições de mercado para não nos desviarmos do nosso foco estratégico”, prossegue.
Pedro Soares Santos refere que as equipas “continuarão a dar prioridade ao crescimento das vendas em volume, pela oferta de qualidade ao melhor preço e à maximização da eficiência dos processos operacionais como ferramentas para proteger a rentabilidade em todos os países”.
“Assumimos como nossa a responsabilidade de garantir às nossas equipas pacotes remuneratórios justos, competitivos e com atualizações que reflitam a evolução do custo de vida e continuaremos a fazer a nossa parte no que diz respeito à resposta aos desafios ambientais e sociais que marcam o nosso tempo, e a reportar o progresso e as dificuldades neste caminho rumo a uma maior sustentabilidade dos nossos negócios”, salienta.
“Estamos preparados para a intensificação do ambiente concorrencial que se faz sentir desde o início do ano e tudo faremos para continuar a dar aos consumidores todas as razões para nos preferirem”, remata.
O lucro da Jerónimo Martins subiu 28,2% em 2023, face a igual período de 2022, para 756 milhões de euros.
Lusa