Em comunicado, o Comando Central dos Estados Unidos (CENTCOM) refere que o fertilizante representa “um risco ambiental no mar Vermelho” e que o navio afundado “representa também um risco de impacto para outros navios que transitam nas movimentadas rotas marítimas daquela via navegável”.
Os EUA, que lideram a coligação naval no mar Vermelho para salvaguardar o comércio internacional na via navegável, acusaram os huthis, apoiados pelo Irão, de serem uma “ameaça crescente às atividades marítimas globais”.
No sábado, o Governo internacionalmente reconhecido do Iémen, que está a enfrentar os huthis, disse que o naufrágio representa “uma catástrofe ambiental sem precedentes”.
O navio de bandeira britânica e pavilhão do Belize afundou-se completamente devido às condições meteorológicas no mar e aos ventos fortes, de acordo com o Governo iemenita, que atribuiu o desastre à falta de resposta da comunidade internacional para manter o navio à superfície e esvaziar a sua carga.
Os rebeldes huthi atacaram cerca de meia centena de navios desde novembro, causando vários danos, mas o Rubymar é o primeiro navio a afundar-se em resultado de uma operação dos rebeldes.
De acordo com as autoridades iemenitas, o navio era gerido por um cidadão sírio e a sua tripulação era composta por 24 pessoas – 11 sírios, seis egípcios, três indianos e quatro filipinos – que foram evacuados para Djibuti.
As águas iemenitas do mar Vermelho estiveram à beira de uma nova catástrofe ambiental após a decomposição do FSO Safer, encalhado ao largo da costa do Iémen desde 1988 e cujas operações de transferência dos mais de 1,14 milhões de barris de petróleo que continha foram concluídas com êxito em meados de agosto de 2023.