O PS saiu no domingo reforçado nas autárquicas na Madeira, com a conquista pela primeira vez da Câmara da Ponta do Sol e a assunção de nova vitória no Funchal, onde Paulo Cafôfo encabeçou a coligação Confiança (PS/BE/JPP/PDR/Nós, Cidadãos!).
Às 05:00, faltavam ainda atribuir seis dos 11 mandatos do maior município da região, segundo a informação disponibilizada pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, com a coligação a conseguir três mandatos, contra dois do PSD.
No entanto, ao final da noite a candidata do PSD, Rubina Leal, reconheceu a derrota, enquanto Paulo Cafôfo, que foi eleito pela primeira vez em 2013, deu como ganho o seu "projeto de cidadania".
Segundo os dados apurados até às 05:00, o PCP-PEV tinha perdido o representante que detinha no executivo funchalense há 12 anos.
Os socialistas também continuam a governar nos concelhos de Machico e Porto Moniz, nos quais foram reeleitos Ricardo Franco e Emanuel Câmara, respetivamente.
No Porto Moniz, o socialista Emanuel Câmara reforçou mesmo a sua votação face a 2013, passando de 49,1% para 65% e conseguindo mais um mandato no executivo municipal, com quatro eleitos, enquanto o PSD ficou apenas com um.
Na Ponta do Sol pela primeira vez o PS conquistou a câmara, elegendo a única mulher presidente de um município nestas eleições autárquicas no arquipélago, embora sem maioria, porque assegurou dois lugares, o mesmo número do que o PSD. O CDS ficou com um representante nesta vereação.
O PSD, partido que durante muitos anos até conseguiu governar os 11 municípios da região, reconquistou no domingo a Câmara Municipal do Porto Santo, sem maioria, mas foi derrotado na Ribeira Brava.
Nas eleições de 2013, o PSD perdeu a governação de sete dos 11 municípios da região.
No caso da Ribeira Brava, os sociais-democratas retiraram a confiança ao atual presidente, Ricardo Nascimento, mas este recandidatou-se como independente, encabeçando o projeto ‘Ribeira Brava em Primeiro’, apoiado pelo CDS, MPT, PPM e PDR.
O autarca acabou por sair vencedor e com um resultado ainda mais expressivo (51,79%, mais 10 pontos percentuais do que em 2013), elegeu os mesmos quatro vereadores e o seu movimento conquistou a governação em quatro das cinco freguesias do concelho.
Quanto ao Porto Santo, os sociais-democratas, que haviam perdido a governação nas últimas autárquicas para o PS, conseguiram reconquistar o município, igualmente sem maioria absoluta, ficando com o mesmo número de vereadores (dois) do que os socialistas.
O presidente será agora Idalino Vasconcelos, que governou nos últimos anos a junta de freguesia da ilha.
O líder do movimento de cidadãos ‘Mais Porto Santo’, José António Castro, também foi eleito vereador.
O Juntos Pelo Povo (JPP) manteve a sua maioria em Santa Cruz, o concelho contíguo a leste do Funchal onde nasceu este movimento de cidadãos depois tornado partido, com seis mandatos na vereação. O PSD ficou apenas com um representante.
No caso de São Vicente, na costa norte, José António Garcês, do movimento independente Unidos por São Vicente, cuja candidatura contou neste ato eleitoral com o apoio do PSD e CDS, também assegurou a governação com maioria absoluta, conquistando a totalidade dos cinco mandatos no executivo.
Carlos Teles do PSD também continua na presidência da Câmara da Calheta, ficando com cinco mandatos, fruto dos 45% dos votos. O CDS assegurou um lugar, enquanto o PS elegeu pela primeira vez um vereador.
O PSD reforçou também a sua maioria (65,52%) no município de Câmara de Lobos, com mais um mandato, numa lista liderada por Pedro Coelho, passando a ter cinco elementos na vereação. O MPT foi afastado do executivo elenco, sendo os outros dois lugares ocupados pelo PS e pelo CDS.
O CDS-PP voltou a ganhar a Câmara de Santana, o único município governado pelos centristas na Madeira.
LUSA