“Ainda não tenho palavras, nem sei se algum dia vou ter, para descrever aquilo que senti no momento. Foi uma surpresa total. Apesar de sabermos que o Diogo é brilhante e consegue sempre surpreender-nos, ver acontecer, nem parecia verdade”, comentou Diana Gomes, em declarações à Lusa, a propósito do feito histórico de Diogo Ribeiro nos Mundiais aquáticos, que decorreram em Doha.
Durante uma ação de plantação de 450 árvores em Cascais, promovida pelo Comité Olímpico de Portugal e pela Associação dos Comités Olímpicos Nacionais, a ex-nadadora olímpica recordou a alegria partilhada por todos, aquando da conquista do jovem de 19 anos.
“Estava numa formação executiva na Federação Portuguesa de Futebol e eu gritei, eu chorei… estávamos todos felicíssimos a ver o resultado. Isto deixa-nos sonhar ainda mais, dá azo ao nosso imaginário para podermos sonhar mais alto. O Diogo realizou o sonho de várias gerações da natação, toca-nos a todos, até aos que não são da natação, mas sobretudo a quem foi da modalidade. É realmente maravilhoso o que todos nós estamos a sentir”, sublinhou.
Apesar de antever “um grande futuro pela frente” a Diogo Ribeiro, que “já está a desenhar o presente muito bem desenhado e tem uma equipa fantástica que o acompanha nesta caminhada e o trouxe até aqui”, a presidente da Comissão de Atletas Olímpicos (CAO) defende que os dois títulos mundiais do atleta de Coimbra “não deixam de ser uma surpresa”.
“Nós, nadadores, sempre acreditámos, sempre sonhámos, mas era sempre inatingível e parecia que nunca ia acontecer. Agora aconteceu, agora é real e vamos todos ter gerações de miúdos a inscreverem-se na natação e em outras modalidades a acreditar que conseguem e também é possível para eles”, rejubilou Diana Gomes, que marcou presença em Atenas2004 e Pequim2008.
Quanto aos Jogos Olímpicos de Paris2024, a responsável pela CAO assegura não querer colocar pressão em Diogo Ribeiro, mas acredita e espera ver o atleta português no pódio.
“Acho que podemos esperar o que ele tem feito até agora. Sabemos que ele tem sido consistente, em três dias foi campeão do mundo duas vezes, o ano passado conquistou a prata, o método dele está a funcionar e, portanto, acho que é só continuar e chegando a Paris logo se vê como vai correr”, justifica.
Lusa