O Presidente norte-americano advertiu que a Venezuela está à beira da rutura e pediu aos países latino-americanos que aumentem a pressão sobre o Governo, para garantir a realização de eleições presidencias democráticas em 2018.
"Estamos aqui para debater a crescente crise na Venezuela. A ditadura socialista de Nicolás Maduro tem infligido uma miséria terrível e sofrimento ao bom povo desse país. Esse regime corrupto destruiu uma nação pujante, ao impor uma ideologia falida que tem produzido desespero e dor em todas as partes", disse, na segunda-feira, Donald Trump.
Donald Trump falava durante um jantar, em Nova Iorque, com os Presidentes do Brasil, Michel Temer, Colômbia, Juan Manuel Santos, Panamá, Juan Carlos Varela, na qual participou também a vice-Presidente da Argentina, Gabriela Michetti.
"Para piorar as coisas, Maduro tem desafiado o próprio povo e roubado o poder dos representantes eleitos, para preservar o seu regime desastroso", frisou.
Segundo Donald Trump, "o povo venezuelano está a morrer de fome e o país está à beira da rutura. Era um dos mais ricos do mundo, por um longo período de tempo. Quem podia pensar que isto fosse possível?".
"As instituições democráticas estão a ser destruídas. A situação é totalmente inaceitável. Como vizinhos responsáveis e amigos do povo venezuelano, a nossa meta deve ser ajudá-los a recuperar a liberdade, o país e a restabelecer a democracia", disse.
Por outro lado, Trump afirmou que "os Estados Unidos têm dado passos importantes para que o regime seja responsabilizado".
"Estamos preparados para empreender mais ações, caso o Governo da Venezuela persista no caminho de impor um regime autoritário ao povo venezuelano", frisou.
Segundo a imprensa norte-americana, os participantes no jantar concordaram em "coordenar ações para garantir o respeito da vontade do povo da Venezuela".
Em 2018 devem ser realizadas eleições presidenciais democráticas, disse, aos jornalistas, o Presidente do Panamá.
Por seu lado, Michel Temer afirmou que os chefes de Estado presentes no jantar concordaram sobre a necessidade de encontrar "uma solução democrática na Venezuela" e em aumentar as ações dos países latino-americanos e caribenhos "para pressionar" diplomaticamente o Governo de Maduro a encontrar essa solução.
Depois de ter imposto várias sanções contra funcionários do Governo venezuelano, Donald Trump anunciou, a 11 de agosto último, que os EUA admitiam mais sanções contra Caracas, incluindo "uma possível opção militar, se necessário".
LUSA