A New York Clearing House Association, uma das maiores câmara de compensação bancária dos Estados Unidos, explicou que a medida obedece a uma ordem executiva da Administração do Presidente norte-americano, na sequência da imposição de sanções económicas e financeiras à Venezuela, na passada sexta-feira, incluindo a proibição de comprar novas obrigações emitidas por Caracas ou pela PDVSA.
De acordo com a imprensa norte-americana, a Depository Trust & Clearing Corp., outra importante casa de compensação de valores dos Estados Unidos, que processa milhares de milhões de dólares em transações diárias, também anunciou que vai liquidar as operações com obrigações venezuelanas, o que considerou "o último golpe para os investidores".
Para o canal norte-americano Fox Business, a medida "mostra uma consciência crescente do risco de negociar estes valores" com a Venezuela, o que levou "alguns importantes atores institucionais" a sair deste mercado.
A dificuldado em encontrar compradores está a "causar preocupações" entre os detentores de obrigações, acrescentou.
A Fox Business explicou que a maioria das operações passam por casas de compensação com sede na Europa, incluindo a Euroclear em Bruxelas, e a Clearstream no Luxemburgo, mas a decisão da Depository Trust & Clearing Corp pode levar outras firmas a tomar uma decisão idêntica.
A Europa não impôs as mesmas restrições para a Venezuela, mas o Departamento do Tesouro norte-americano advertiu também as transações indiretas de títulos venezuelanos, através dos mercados europeus, estariam a violar as sanções.
Na sexta-feira, a Casa Branca anunciou novas sanções financeiras à Venezuela, entre as quais a proibição de comprar novas obrigações emitidas pelo Estado venezuelano ou pela companhia petrolífera estatal.
"Não ficaremos imóveis perante o desmoronamento da Venezuela (…) Os Estados Unidos reiteram o apelo à Venezuela para restaurar a democracia, organizar eleições livres e justas, libertar imediata e incondicionalmente todos os presos políticos e pôr fim à repressão do povo venezuelano", acrescentou a Casa Branca, no mesmo comunicado.
LUSA