O Marítimo foi eliminado da Liga Europa de futebol, após ter perdido com o Dínamo Kiev, na Ucrânia, por 3-1, na segunda mão do ‘play-off’, terminando a nona presença nas competições europeias.
No 36.º jogo europeu disputado e após o empate a zero no Funchal, o conjunto português deixou uma imagem positiva, embora insuficiente para suster a maior qualidade dos líderes do campeonato ucraniano, que seguem para a fase de grupos.
Gildo foi a novidade no ‘onze’ insular e o extremo moçambicano precisou apenas de quatro minutos para ajudar e muito a equipa, ao intercetar um cabeceamento de Mbokani perto da linha de golo, depois de Charles não ter conseguido tirar a bola da grande área.
O Marítimo segurou a pressão inicial ucraniana e começou a subir mais no terreno, ganhando espaço e conseguindo vários lances de bola parada. A melhor ocasião surgiu aos dez minutos, com Luís Martins a cruzar para o interior da área do Dínamo, à procura de Gamboa, que esteve muito perto de desviar.
O incómodo da formação portuguesa irritou os jogadores e adeptos adversários, mas o conjunto de Kiev recuperou a compostura e voltou à carga, chegando mesmo a atingir a baliza aos 23 minutos, num lance invalidado por fora de jogo de Yarmolenko.
A pressão da turma da casa aumentava e o guardião maritimista Charles teve que mostrar ao serviço ao travar o remate de Mbokani à meia hora.
O golo chegaria aos 32 minutos, com Zainadine fazer um mau corte após um cruzamento de Morozyuk, sobrando a bola para Garmash, que finalizou de cabeça.
Três minutos depois, a vantagem ucraniana foi dilatada, novamente com a marca de Morozyuk, desta feita ao concretizar um livre direto, em que o efeito da bola apanhou Charles desprevenido.
O Marítimo procurou atenuar o resultado antes do intervalo através de lances de bola parada embora sem sucesso. Para o início da segunda parte, o técnico Daniel Ramos lançou Ibson e Jean Cléber, deixando Gildo e Éber Bessa no balneário.
Acabou por ser, no entanto, o Dínamo a estar mais perto de desequilibrar a balança da eliminatória, primeiro, num remate de meia distância de Sydorchuk, aos 49 minutos, e dois minutos depois, num livre de Morozyuk em que Mbokani surgiu sozinho ao segundo poste e permitiu uma grande defesa a Charles.
Ibson ainda assustou a baliza de Koval, com um remate rasteiro ao minuto 59, mas foram uma vez mais os ucranianos a encontrar o caminho da baliza aos 61. Yarmolenko fez um passe longo, encontrou Derlis González e o antigo jogador do Benfica respondeu de cabeça, acabando por fazer um ‘chapéu’ certeiro a Charles.
Os madeirenses não desistiram e conseguiram finalmente marcar, apontava o cronómetro 68 minutos de jogo. Luís Martins cobrou o livre e, após uma série de ressaltos, a bola sobrou para o médio Erdem Sem, que finalizou de pé direito.
O golo deu alguma esperança à equipa de Daniel Ramos e Everton tentou reduzir a diferença no marcador a dez minutos do fim, mas sem sucesso, numa jogada que começou por uma recuperação de Bebeto e a que Ibson deu seguimento pelo flanco direito.
A reta final foi complicada para alguns jogadores ‘verde-rubros’, que mostravam dificuldades físicas e Charles voltou a mostrar serviço, desta feita a defender um remate cruzado de Mbokani.
O Marítimo é a primeira equipa portuguesa a ser afastada nas provas europeias esta temporada, tendo jogado naquele que será o palco da final da Liga dos Campeões, em maio de 2018.