A ordem foi confirmada pelo ministro da Defesa venezuelano, general chefe Vladimir Padrino López, durante um ato militar na cidade de Maracay, a 100 quilómetros a oeste de Caracas.
"Cumprindo instruções do nosso comandante chefe, o Presidente Nicolás Maduro, para uma mudança radical de atitude já recebemos uma ordem preparatória para pôr as nossas armas ao ombro e defendermos a nossa pátria", disse.
Vladimir Padrino López frisou ainda que "a Venezuela bolivariana responde" às recentes declarações do Presidente dos EUA, Donald Trump, que admitiu a possibilidade de uma ação militar para solucionar a crise venezuelana, "exigindo respeito pela soberania e independência" do país.
"Trump atreveu-se a pôr sobre a mesa uma agressão de caráter militar contra a Pátria de Bolívar (Simón, político venezuelano que teve um papel preponderante na independência de vários países da América Latina) e isso é inadmissível. Isso não é um assunto apenas das FAV, é um assunto de interesse nacional. A pátria está sendo ameaçada pelo Império, da maneira mais grosseira", disse.
Por outro lado, frisou que a Venezuela "não está a responder com fanfarronices, discursos ou palavras", porque "o Império é que atua dessa maneira", é "um povo humilde, trabalhador, bondadoso, generoso e, mais do que isso, um povo valente, guerreiro".
Segundo Vladimir Padrino López, "há atores políticos" venezuelanos que "aplaudem" uma agressão norte-americana, que celebram "uma das ofensas mais agressivas, perigosas, de toda a vida republicana da Venezuela".
LUSA