Hoje, uma árvore de grande porte caiu em cima de dezenas de pessoas que se aglomeravam no Largo da Fonte, no centro da freguesia do Monte, nos arredores do Funchal, onde decorriam a festa popular e as celebrações religiosas em honra da padroeira da ilha, a Senhora do Monte.
Mesmo junto ao local onde é tradicional as pessoas comprarem velas e outros objetos em cera para cumprir promessas, agradecer graças alcançadas ou fazer pedidos, doze acabaram por perder a vida, esmagadas pela árvore.
Entre estas, uma criança e quatro estrangeiros de três nacionalidades (alemã, francesa e húngara), visto o Monte ser um dos locais turísticos, conhecido como “a Sinta madeirense” pela sua densa vegetação, os seus jardins e quintas, os tradicionais carros de cesto e a igreja matriz onde está sepultado o imperador austro-húngaro Carlos I.
Já no ano passado, a festa foi cancelada devido aos trágicos incêndios registados no Funchal, que provocaram três mortes, um ferido grave, quase três centenas de casas danificadas e prejuízos materiais avaliados em 157 milhões de euros.
Por isso, em 2016, apenas tiveram lugar as celebridades religiosas.
Mas esta tragédia traz à memória uma outra, ocorrida há sete anos, também no mês de agosto, quando uma árvore, uma palmeira, na festa comício da ‘rentrée’ política do PSD na ilha do Porto Santo também caiu sobre a multidão que se aglomerava no centro daquela cidade.
Nesse dia 22 de agosto de 2010, a queda de uma palmeira matou uma madeirense de 61 anos que estava de férias naquela ilha escolhida como destino de férias de milhares de residentes na ilha da Madeira.
Na ocasião, ficaram também feridos, com gravidade, um casal do continente, mãe e filho, com 44 anos e 25 anos, respetivamente, que tinham chegado nesse dia ao Porto Santo.
O jovem acabou por falecer dois meses depois no hospital do Funchal.
LUSA