Três mortos, quatro feridos e pelo menos 50 pessoas detidas, é o balanço do primeiro dia de greve geral de 48 horas convocada pela oposição na Venezuela, anunciou a organização não-governamental Foro Penal Venezuelano (FPV).
De acordo com a agência de notícias Efe, há pelo menos quatro feridos em resultado dos confrontos, nas ruas, entre os manifestantes e a polícia.
De acordo com o diretor executivo da FPV, Alfredo Romero, entre os detidos, 33 foram aprisionados no Estado de Zulia, dois em Falcón, três em Lara, dois em Táchira, três em Mérida, cinco em Carabobo, uma em Aragua e outra em Miranda.
As forças de segurança venezuelanas e grupos de manifestantes enfrentaram-se em várias cidades do país, onde se registaram estradas cortadas pelos opositores ao Governo do presidente Nicolás Maduro.
Em Caracas, capital do país, os manifestantes bloquearam as estradas com barricadas e montes de lixo, e os elementos da Guardia Nacional Bolivariana (GNB, Polícia militarizada) tentaram dispersá-los com gás lacrimogéneo.
No dia 30 de julho, os venezuelanos estão convocados por Maduro para ir às urnas e eleger mais de 500 membros de uma Assembleia Nacional Constituinte que, mesmo com a oposição nas ruas, pretende redigir uma nova Constituição.
A Venezuela vive desde 1 de abril uma vaga de protestos, alguns degeneraram em violentos confrontos. Pelo menos 100 pessoas já perderam a vida e mais de mil foram detidas.