O grupo “decidiu ordenar a todos os navios porta-contentores da CMA CGM na região que têm de passar pelo Mar Vermelho que cheguem a zonas seguras” ou que não saiam de águas consideradas seguras, “com efeito imediato e até nova ordem”, segundo um comunicado hoje divulgado.
Na sexta-feira, o grupo dinamarquês de transporte marítimo Maersk anunciou ter ordenado aos seus navios para deixarem de usar um estreito estratégico para o comércio internacional no Mar Vermelho, após ataques dos rebeldes Huthis do Iémen.
Após um incidente contra o Maersk Gibraltar na quinta-feira e outro ataque a um navio porta-contentores na sexta-feira, “pedimos aos navios da Maersk na região que deviam passar pelo Estreito de Bab el-Mandeb para interromperem a viagem até nova ordem”, referiu um comunicado da empresa citado pela AFP.
O Estreito de Bab el-Mandeb, que separa a Península Arábica de África, é estratégico para o transporte marítimo, dado que 40% do comércio internacional utiliza esta passagem.
Os Huthis, próximos do Irão, avisaram que iriam atacar navios que navegassem ao largo da costa do Iémen e tivessem ligações a Israel, em resposta à guerra entre Israel e o movimento islâmico palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.
Entretanto, um navio de guerra britânico abateu na noite de sexta-feira um drone de ataque suspeito que tinha como alegados alvos navios mercantes no Mar Vermelho, anunciou hoje o ministro da Defesa do Reino Unido, Grant Shapps.
“A recente onda de ataques ilegais representa uma ameaça direta ao comércio internacional e à segurança marítima no Mar Vermelho”, disse o responsável britânico na rede social X.