“Na realidade, as taxas médias propostas para 2024 são inferiores às de 2019”, disse a ANA num comunicado enviado à agência Lusa, citado na imprensa portuguesa.
Michael O’Leary, CEO da Ryanair, esteve esta terça-feira em Lisboa para anunciar uma redução das operações em Portugal, justificado a decisão com um aumento “excessivo e inexplicável” de taxas aeroportuárias imposto pela ANA Aeroportos. Clique para ler: CEO da Ryanair culpa Governo e ANAC pela redução dos seus voos em Portugal.
A low cost, que já encerrou a base de Ponta Delgada, nos Açores, passará a ter apenas um avião baseado no Funchal, menos um do que anteriormente, uma medida que levará ao cancelamento das rotas de Marselha, Nuremberga e Bérgamo (Milão).
Sem especificar, o CEO da Ryanair também anunciou que vai reduzir a sua oferta em Faro e no Porto no próximo ano, durante as “shoulder seasons” (Março, Abril, Maio, Setembro e Outubro).
Sobre a redução na Madeira, a ANA Aeroportos indica no comunicado que a base da Ryanair no Funchal beneficia do programa de incentivos da ANA, “um investimento significativo”.
A gestora dos aeroportos, ainda segundo a Lusa, sublinha que o produto das taxas é afecto a financiar a segurança, a eficiência operacional e a capacidade e o conforto dos aeroportos, recordando que decorrem intervenções nos vários aeroportos nacionais.
A ANA conclui que a proposta de taxas para 2024 insere ainda um mecanismo de incentivo às aeronaves com menores emissões de carbono, uma medida consonante com a política ambiental da ANA/Vinci Airports e a promoção da descarbonização do sector da aviação.