A Web Summit, considerada uma das maiores cimeiras tecnológicas, arranca hoje em Lisboa com 2.600 ‘startups’, um recorde de sempre e, pela primeira vez, sem Paddy Cosgrave na liderança, num evento que termina em 16 de novembro.
No oitavo ano da edição na capital portuguesa, "quase um terço das ‘startups’" apresentadas no evento "têm uma mulher fundadora, uma estatística semelhante à que vimos na Collision 2023, isto também representa um enorme aumento anual, acima dos 17% no ano passado", refere uma nota da Web Summit.
Em 2022, 42% dos participanetes eram mulheres.
De acordo com o relatório anual ‘The state of gender equity in tech’ [o estado da equidade de género na tecnologia] de 2023, que é baseado num inquérito da Web Summit das mulheres na comunidade tecnológica, "quase metade das inquiridas considera que o seu local de trabalho não está a tomar as medidas apropriadas para combater a desigualdade de género, aumentando de 26% em 202 para 47%" este ano.
Outro dos dados do estudo é que mais de metade (53,6%) já foi alvo de "sexismo no local de trabalho nos últimos 12 meses", o que represeta um ligeiro aumento face aos 49,5% registados no relatório de 2022.
Mais de dois terços (77,2%) consideram que precisam de "trabalhar mais para provar o seu valor por causa do seu género".
Além disso, 76,1% consideram-se empoderadas para alcançar e/ou manter uma posição de liderança, enquanto 41,8% sente a necessidade de escolher entre a família e a carreira (contra 50,4% em 2022).
"Há pelo menos uma mulher numa posição de gestão senior em 80,4% das empresas inquiridas, uma proporção similar ao do ano passado (81,3%)", refere a Web Summit.
Lusa