Este é o primeiro navio de socorro que transporta hospitais de campanha para Gaza a chegar ao Egito, já que todos os hospitais na cidade de Gaza estão agora fora de serviço devido à falta de eletricidade, de acordo com o Ministério da Saúde palestiniano, controlado pelo grupo islamita Hamas.
Para reiniciar os geradores de eletricidade seria necessário combustível, cada vez mais escasso devido ao “bloqueio total” imposto por Israel ao território palestiniano.
Os combates entre o exército israelita e o Hamas palestiniano concentram-se no norte da Faixa de Gaza, onde os tanques israelitas estão a reforçar o seu controlo sobre a cidade de Gaza e, particularmente, sobre os hospitais, que, segundo Israel, acolhem bases do grupo islamita.
“O navio que chegou a al-Arish transporta equipamentos, geradores e ambulâncias para instalar oito hospitais de campanha”, disse um responsável do Ministério da Saúde turco, citado pela agência de notícias francesa AFP.
A Turquia aguardava luz verde das autoridades egípcias para instalar hospitais de campanha no aeroporto de al-Arish, explicou, acrescentando que os hospitais vão ser instalados “nas áreas indicadas pelas autoridades egípcias”.
O vice-ministro da saúde do enclave palestiniano, Youssef Abou Rich, afirmou hoje que todos os hospitais de Gaza deixaram de funcionar por falta de eletricidade.
Seis bebés prematuros e nove pacientes em cuidados intensivos morreram devido à falta de eletricidade no hospital al-Shifa, o maior da Faixa de Gaza, referiu.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que perdeu contacto com Al-Shifa, enquanto outro hospital na capital de Gaza, o al-Quds, já não funciona por falta de combustível.
Em 07 de outubro, o Hamas efetuou um ataque sem precedentes ao território israelita, provocando mais de 1.200 mortos, na maioria civis, e levando mais de 200 reféns, que mantém em cativeiro na Faixa de Gaza.
Em retaliação, Israel tem bombardeado Gaza e bloqueou a entrada de bens essenciais como combustível, água e medicamentos.
Segundo o Hamas, o conflito provocou pelo menos 11.000 mortos na Faixa de Gaza.
Lusa