Depois do início da guerra com o Hamas, desencadeada após o ataque surpresa efetuado a 07 de outubro pelo grupo islamita palestiniano ao território de Israel – em que morreram 1.400 pessoas e 222 foram sequestradas -, só 20,5% dos israelitas inquiridos afirma continuar a confiar no Governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para gerir a atual crise.
De acordo com a sondagem, realizada pelo Instituto da Democracia de Israel, só 20,5% dos israelitas judeus e 7,5% dos israelitas árabes expressaram confiança no executivo liderado por Netanyahu, considerado o mais à direita da história de Israel.
Em junho, estes grupos populacionais tinham manifestado um apoio de 28% e 18%, respetivamente.
Quanto à hipótese de o Governo israelita negociar com o Hamas – no poder na Faixa de Gaza desde 2007 e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia (UE) e Israel – para obter a libertação dos reféns, 17,5% dos inquiridos consideram que se deve negociar já, embora tal implique suspender os combates; 32% sustentam que se deve negociar apesar de se estar a combater; 14% pensam que só se pode negociar no final da guerra; e 23,5% são de opinião de que não se deve negociar em caso algum.
Por outro lado, a sondagem mostra a confusão e a divisão existentes na sociedade israelita sobre se o Governo tem um plano de ação claro para as próximas fases da guerra.
Apenas 8% dos inquiridos expressaram total certeza de que o Governo dispõe de um plano de ação concreto; 35% disseram pensar que existe um plano; 15% sustentaram que não existe qualquer plano; e 32% têm dúvidas sobre a sua existência.
Entretanto, o diário israelita Yedioth Ahronoth noticiou hoje que três membros do executivo de Netanyahu, cujos nomes não foram indicados, estão a ponderar demitir-se, em resposta à incapacidade do Governo e do sistema de segurança para impedir ataques como o ocorrido a 07 de outubro e lidar com as suas consequências.
Lusa