“Recebemos a informação esta manhã”, explicou Manny Ferreirinha, dirigente da Organização Não-Governamental (ONG) luso-sul-africana que deu o alerta por SMS, na tarde de hoje.
“Há pouca informação, normalmente as famílias têm muito receio em falar, e as equipas estão em contacto”, salientou o empresário lusodescendente de origem madeirense, em declarações à Lusa.
O dirigente comunitário avançou que os incidentes se circunscrevem a Joanesburgo, a capital económica, e Pretória, a capital do país, onde as famílias das vítimas estão a ser acompanhadas pela ONG em articulação com a Polícia sul-africana (SAPS).
Contactada pela Lusa, a porta-voz do comando nacional da SAPS, Athlenda Mathe, confirmou a ocorrência de um dos sequestros, em Gauteng, sem avançar detalhes.
Manny Ferreirinha sublinhou ainda à Lusa que ascendem agora a nove casos o número de portugueses sequestrados nos últimos três meses na África do Sul.
“Houve um mês em que registámos seis sequestros”, adiantou, referindo-se ao passado mês de agosto, acrescentando que “todos pagaram resgate” pela sua libertação, sem avançar detalhes.
A Lusa tentou também obter mais informações junto das autoridades consulares portuguesas no país, mas a Cônsul-Geral de Portugal em Joanesburgo, Graça Freitas, não respondeu até ao momento a um pedido de esclarecimento por e-mail.
O Fórum Português apelou na tarde de hoje aos mais de 300 mil portugueses no país africano a que “estejam atentos”, numa mensagem SMS, também divulgada através da rede social WhatsApp.
“Houve três sequestros na noite passada e uma tentativa na sexta-feira. Por favor, fique atento”, referiu a organização luso-sul-africana na mensagem à comunidade portuguesa local.
Lusa