Segundo os dados divulgados hoje pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), em agosto estavam inscritas 295.361 pessoas nos centros de emprego do Continente e regiões autónomas, número que representa 66,0% de um total de 447.251 pedidos de emprego”.
Este valor representa um aumento de 4,4% (+12.514 pessoas) relativamente a agosto de 2022 e de 3,9% (+11.031 pessoas) face a julho.
“Para o aumento do desemprego registado, face ao mês homólogo de 2022, na variação absoluta, contribuíram os inscritos há menos de 12 meses (+27.106). Em sentido inverso, há uma diminuição dos inscritos há 12 ou mais meses no ficheiro dos serviços de emprego (-14.592)”, detalha o IEFP.
Em comunicado, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social destaca que o desemprego de longa duração em agosto “foi o mais baixo de sempre neste mês”, tendo registado uma queda de 11,2% face a agosto de 2022 e uma redução do peso no desemprego total.
O executivo salienta ainda que, no mês em análise, aumentaram as colocações em emprego e diminuíram as ofertas de trabalho por preencher: “Em agosto houve 6.532 colocações em emprego, mais 273 que em julho e mais 558 que no mês homólogo de 2022”, refere.
Quanto ao número de jovens desempregados inscritos, aumentou 4,8% (+1.356 pessoas) face a agosto de 2022 e subiu 7,4% (+2.040 pessoas) em cadeia.
A nível regional, em agosto de 2023, com exceção dos Açores (-14,6%) e da Madeira (-28,0%), o desemprego aumentou em termos homólogos, com o valor mais acentuado a registar-se na região do Algarve (+11,3%).
Já em relação ao mês anterior, com exceção das regiões autónomas, “a tendência é de aumento do desemprego”, com a maior variação a acontecer na região do Norte (+4,7%) e do Algarve (+4,3%), avança o IEFP.
Ao longo do mês em análise, inscreveram-se nos serviços de emprego de todo o país 41.497 desempregados, um número superior ao observado no mesmo mês de 2022 (+4.376, +11,8%) e inferior face a julho (-690; -1,6%).
Já as ofertas de emprego recebidas ao longo deste mês totalizaram 9.493 em todo o país, número inferior ao do mês homólogo de 2022 (-835;-8,1%), mas acima do mês anterior (+151; +1,6%).
Os grupos profissionais mais representativos dos desempregados registados no continente eram em agosto os “trabalhadores não qualificados” (26,6%), “trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção de segurança e vendedores” (19,6%), “pessoal administrativo” (12,0%) e “especialistas das atividades intelectuais e científicas” (11,7%).
Relativamente ao mês homólogo de 2022 (excluindo os grupos com pouca representatividade, ou significado, no desemprego registado), registaram-se acréscimos no desemprego na maioria dos grupos profissionais, com destaque para o "pessoal administrativo" (+9,1%) e "trabalhadores não qualificados"(+8,6%).
Segundo o IEFP, o desemprego apresenta, face ao mês homólogo de 2022, aumentos nos grandes setores económicos: "Agrícola" (+3,1%), "Secundário"(+7,5%) e "Terciário"(+6,4%).
Lusa