Num comunicado, o órgão referiu que a equipa de investigadores do Ministério Público informou na quarta-feira que Igor Kolomoisky era “suspeito de desvio de fundos” de um banco “num montante de mais de 9,2” mil milhões de hryvnias.
A ata de acusação foi transmitida ao tribunal, precisou a Procuradoria-geral, sem mencionar o nome de Kolomoisky, mas referindo-se a um “antigo responsável da região de Dnipro (centro-leste)” e beneficiário final do banco PrivatBank quando os factos ocorreram em 2015.
Kolomoisky apoiou a candidatura de Volodymyr Zelensky em 2019 e era proprietário da cadeia televisiva onde o Presidente ucraniano acedeu à notoriedade na qualidade de humorista.
O oligarca foi remetido à justiça com cinco outros suspeitos.
Segundo as conclusões do inquérito, o milionário “elaborou um plano para obter fundos” do PrivatBank, o maior banco da Ucrânia, entre janeiro e março de 2015.
Kolomoisky foi coproprietário do grupo bancário antes da sua nacionalização pelo Estado em 2016, com o objetivo de evitar o colapso do sistema bancário.
O Banco Central da Ucrânia tinha previamente acusado Kolomoisky do desvio de 5,5 mil milhões de dólares (5,1 mil milhões de euros) antes da sua nacionalização.
Nos últimos meses, marcados pela revelação de diversos escândalos envolvendo por exemplo a área da Defesa, o Presidente Zelensky prometeu reforçar o combate à corrupção endémica na Ucrânia, designadamente em resposta às condições impostas pela União Europeia (UE) para que Kiev mantenha o estatuto de candidato à adesão ao bloco comunitário.
Lusa