A decisão foi anunciada pelo ministério das Finanças na noite de sexta-feira e vem juntar-se às restrições que pesam sobre todas as variedades de arroz não basmati.
Medidas protecionistas como esta destinam-se a reduzir os preços locais do arroz, no que poderá ser uma ferramenta eleitoral para o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, antes das eleições do próximo ano.
No entanto, esta medida acontece numa altura em que preços do arroz asiático dispararam no início deste mês para níveis nunca vistos em quase 15 anos, com a dificuldade adicional que isto acarreta para grandes importadores como as Filipinas e alguns países africanos.
"Os preços domésticos vão baixar e o governo indiano poderá controlar mais facilmente a inflação alimentar, mas os compradores internacionais terão de absorver o aumento dos preços", afirmou o presidente da Associação dos Exportadores de Arroz, B.V. Krishna Rao, em declarações à Bloomberg, citado pela Europa Press.
O arroz é um alimento básico para aproximadamente metade da população mundial e estas restrições acontecem num momento em que os preços dos alimentos ainda estão elevados devido à guerra da Rússia na Ucrânia.
O arroz vaporizado representa aproximadamente um terço dos envios totais de arroz da Índia. O país já proibiu as exportações de arroz partido e de arroz branco não basmati, restringiu as exportações de trigo e açúcar e o armazenamento de algumas culturas.
A Índia está também a considerar abolir um imposto de importação de 40% sobre o trigo e vender tomates, cebolas e cereais das reservas estatais para melhorar o abastecimento local.
O arroz vaporizado é aquele que provém de um processo que envolve a fervura parcial do arroz em casca antes de moê-lo, para aumentar os seus valores nutricionais e alterar a textura do arroz cozido.