"Estou sem palavras, ainda não acredito", admitiu o jovem de 18 anos, citado pela Federação Portuguesa de Natação.
O feito histórico do jovem, recordista mundial júnior da distância, foi conseguido com um tempo de 22,80 segundos, novo recorde nacional, atrás do italiano Thomas Ceccon (22,68) e à frente do francês Maxime Grousset (22,82), terceiro.
"Sabia que podia sonhar", resumiu o nadador.
Ribeiro, natural de Coimbra e atualmente a representar o Benfica, pretende seguir em Fukuoka a "encarar uma prova de cada vez", e o campeão mundial júnior dos 100 mariposa e dos 50 livres promete apenas "estar focado e dar tudo".
Mais tarde, em declarações ao sítio da federação internacional na Internet, confessou estar "muito emocionado", por "todo o trabalho" que ele e a equipa que o rodeia colocaram no último ano para obter resultados.
"É simplesmente incrível. Como provavelmente sabem, tive um acidente de mota (em 2021), e vir daí até aqui e conseguir uma medalha é algo que não sei explicar. É a primeira medalha de Portugal, é muito importante para nós. Não esperava isto, de todo, mas estou superfeliz", declarou.
O feito do jovem, já apurado para os Jogos Olímpicos Paris2024 (50 livres, 100 livres, 100 mariposa), é conseguido logo na estreia em Mundiais sénior, fazendo história ao conseguir o que Portugal nunca tinha logrado, um pódio em campeonatos do Mundo de qualquer das disciplinas (natação pura, águas abertas, artística, saltos e polo aquático).
Melhora o quinto lugar de Alexandre Yokochi nos 200 metros bruços em Madrid1986, sendo que Ana Barros, oitava nos 50 costas em Perth1991, tinha sido a outra finalista lusa em Mundiais.
Esta é a segunda medalha de Diogo Ribeiro em competições seniores, depois de ter sido terceiro nos Europeus de 2022, em Roma, na mesma distância, apenas a terceira medalha portuguesa em campeonatos da Europa, depois de Yokochi, bronze em Sofia1985 (200 costas), e Alexis Santos, em Londres2016 (200 estilos).
Para Portugal, o evento em Fukuoka, Japão, está a ter vários momentos de relevo, e hoje, além da prata, João Costa conseguiu um novo recorde nacional e marca de qualificação para Paris2024, nos 100 metros costas.
Angélica André tinha sido quarta na prova de cinco quilómetros nas águas abertas, que era, até aqui, o melhor resultado de sempre para Portugal, e Cheila Vieira e Maria Beatriz Gonçalves conseguiram o 11.º lugar na final de dueto técnico no campeonato do Mundo de natação artística.
Os Mundiais de natação decorrem até domingo em Fukuoka, no Japão.