A nave Chandrayaan-3, que significa "nave lunar" em sânscrito, foi lançada com um foguetão de uma plataforma em Sriharikota, no sul da Índia, com um módulo de aterragem e um veículo (rover) a bordo.
A nave espacial vai iniciar numa viagem de pouco mais de um mês antes da alunagem no final de agosto.
"Parabéns, Índia. A Chandrayaan-3 iniciou a viagem em direção à Lua", declarou o diretor do programa espacial, Sreedhara Panicker Somanath, pouco depois do lançamento.
Se a alunagem for bem sucedida, a Índia passa a ser o quarto país – depois dos Estados Unidos, da União Soviética e da República Popular da China – a conseguir cumprir uma missão do género.
O módulo de alunagem e o rover da Chandrayaan-3 podem fornecer dados à comunidade científica sobre as propriedades do solo e das rochas lunares, incluindo composições químicas, disse Jitendra Singh, vice-ministro da Ciência e da Tecnologia do Governo de Nova Deli.
A anterior tentativa da Índia de lançar uma nave espacial robótica perto do pólo sul da Lua, pouco explorado, fracassou em 2019.
O aparelho anterior entrou na órbita lunar mas perdeu o contacto com o módulo de alunagem, que se despenhou quando fazia a descida final para colocar um veículo.
De acordo com um relatório de análise de falhas o acidente foi causado por uma falha de ‘software’.
Vários países e empresas privadas estão na corrida para conseguirem colocar com sucesso uma nave espacial na superfície lunar.
Em abril, a nave espacial de uma empresa japonesa despenhou-se quando tentava alunar.
Uma organização sem fins lucrativos israelita tentou realizar um feito semelhante em 2019, mas a nave espacial colapsou.
A Índia está também a aguardar a primeira missão na Estação Espacial Internacional no próximo ano, em colaboração com os Estados Unidos, tal como ficou previsto após o encontro entre o Chefe de Estado indiano e o Presidente norte-americano, no mês passado.
No âmbito do próprio programa espacial, ativo desde a década de 1960, a Índia lançou também satélites para outros países, tendo colocado com êxito um satélite na órbita de Marte em 2014.
Até ao passado mês de abril, a Índia lançou 424 satélites para 34 países, incluindo Israel, Emirados Árabes Unidos, Cazaquistão, Holanda, Bélgica e Alemanha.