Esta declaração política foi assinada por Portugal, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Luxemburgo, Países Baixos, Noruega, Polónia, Roménia, Suécia e Reino Unido, que “partilham a convicção de que o apoio continuado à Ucrânia é de extrema importância” face à agressão da Rússia.
“As partes acordam que, de forma a assistir a Ucrânia na defesa do seu espaço aéreo, vão estabelecer uma coligação conjunta de treino da Força Aérea ucraniana para a operação e manutenção de caças F-16, de acordo com as autorizações necessárias e a possibilidade de incluir outros tipos de aeronaves de combate numa fase posterior”, lê-se na declaração à qual a agência Lusa teve acesso.
Todo o treino será feito fora do território da Ucrânia, estabelece a declaração que foi assinada hoje na cimeira da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), e na qual participou a ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras.
As partes acordaram em iniciar o treino de pilotos, técnicos e pessoal de apoio ucranianos, que vão providenciar à Força Aérea daquele país capacidades básicas de operação e manutenção das aeronaves F-16, o que inclui a disponibilização de “equipamentos relevantes, instrutores e outro pessoal para tal treino”.
“A coligação vai focar-se no treino, mas também, a devido tempo, vai estar preparada para considerar outras linhas de apoio que garantam à Ucrânia uma capacidade F-16 totalmente funcional”, acrescenta a declaração.
O ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksii Reznikov, chegou hoje à tarde ao LITEXPO, onde está a decorrer a cimeira, e questionado sobre as intenções da Ucrânia foi conciso: "O objetivo é a adesão".
Sem responder a mais questões, o ministro disse apenas que o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, iria abordar o desagrado do país com os representantes dos 31 países que compõem a NATO.
Zelensky afirmou hoje a caminho da cimeira da NATO, em Vilnius, ser absurdo que a Aliança Atlântica não dê uma data de convite para a adesão da Ucrânia.
O esforço conjunto para a formação de pilotos F-16 está a ser coordenado pelos Países Baixos e pela Dinamarca.
Há duas semanas, Zelensky criticou o atraso na formação dos pilotos, numa altura em que já começou a contraofensiva ucraniana e que se deparou com dificuldades em avançar no terreno por causa das linhas de defesa que as tropas russas montaram.