A melhor exibição da equipa treinada por Emílio Peixe no torneio foi coroada com os golos de Xadas, aos 10 e 69 minutos, e do avançado Bruno Costa – que se estreou na competição e logo a titular -, aos 27, de pouco valendo aos asiáticos o golo tardio de Lee Sangheon, aos 81.
Depois de ter sido salvo da eliminação na fase de grupos graças a um autogolo de Nima Taheri, aos 86 minutos, que proporcionou o triunfo por 2-1 sobre o Irão, Portugal caminhou com segurança rumo aos ‘quartos’, nos quais defrontará no domingo o vencedor do jogo entre o Uruguai e a Arábia Saudita.
O golo madrugador ofereceu a Portugal, campeão em 1989 e 1991, a tranquilidade que lhe faltou em outros jogos: Yuri Ribeiro chegou em velocidade à linha de fundo, colocou a bola à entrada da área, onde surgiu Xadas, que rematou junto ao poste esquerdo, fora do alcance do guarda-redes coreano.
A equipa anfitriã foi criando algumas ‘meias oportunidades’, mas a defesa lusa mostrou-se sempre muito segura e foi mesmo Portugal que aumentou a vantagem, aos 27 minutos, por Bruno Costa, numa jogada semelhante à do golo inaugural, após um bom cruzamento de Xande Silva.
Xande Silva poderia ter aumentado para 3-0 perto do intervalo, mas não conseguiu desviar com êxito o cruzamento longo de Diogo Dalot e o início da segunda parte deu continuidade ao desperdício da ‘equipa das quinas’.
Aos 50 minutos, Jorge Fernandes não aproveitou um lance muito confuso na área adversária e, pouco depois, foi o guarda-redes coreano, Song Bumkeun, que teve de se aplicar para deter os remates de Diogo Gonçalves e Bruno Costa.
A Coreia do Sul apenas conseguiu criar perigo na marcação de um livre direto, pelo suplente Lee Sangheon, mas Portugal voltou a deter o comando do jogo e o recém-entrado Gedson atirou ligeiramente ao lado, depois de se ter isolando perante Bumkeun.
Xadas foi mais eficaz aos 69 minutos, concluindo uma boa incursão pela defesa sul-coreana com um remate certeiro, deixando o encontro sentenciado a favor da equipa nacional, que, até ao final, desperdiçou várias ocasiões para aumentar a vantagem.
A Coreia é que nunca deixou de procurar o ‘golo de honra’ e, depois de Diogo Costa o ter evitado com defesa de recurso, conseguiu mesmo o seu objetivo, aos 81 minutos, através do inconformado Lee Sangheon, com um remate muito colocado, sem hipótese de defesa para o guarda-redes português.
Portugal, que no grupo C tinha perdido na estreia com a Zâmbia (2-1) e empatado 1-1 com a Costa Rica, voltou a afastar a seleção do país organizador, depois de no Mundial de 2015 ter eliminado a anfitriã Nova Zelândia, também nos oitavos de final, com um triunfo por 2-1.