Linhas orientadoras:
- Redefinição de prioridades
- Redução de activos
- Poupança de 450 mil euros, aproximadamente
- Preservação do projecto estrutural da Equipa B como “viveiro” da formação principal
- Possibilidade de reactivar, a qualquer momento, a formação Sub23.
- O projecto Sub23 do Club Sport Marítimo não terá continuidade na temporada 2003/2024. A Adminstração da SAD, depois de analisar as múltiplas variáveis com Tiago Lenho, Director Executivo, Tulipa e Nélson Jardim – treinadores das equipas A e B, respectivamente -, concluiu que a renúncia à equipa Sub23 se enquadra nas exigências que o futuro impõe. A descida da equipa principal à II Liga, como é consabido, acarreta um significativo decréscimo orçamental para o futebol profissional do Marítimo, pelo que os responsáveis verde-rubros não têm dúvidas de que redefinição de prioridades deve canalizar os recursos para as equipas A e B.
"É inegável que a decisão de encerrar o projecto Sub23 é tributária de razões financeiras. A SAD verde-rubra prevê uma poupança de 450 mil euros, aproximadamente, valor relevante para a realidade que o Marítimo atravessa. No entanto, o factor financeiro não está isolado na equação. Ao longo dos anos, a equipa B tem sido um viveiro de talentos que beneficia a equipa A, graças a um contexto competitivo muito mais intenso do que aquele que envolve a Liga Revelação. O Campeonato de Portugal, realidade mais próxima das Ligas Profissionais, apresenta desafios muito específicos, frente a equipas fortes e composta por jogadores com passagens pela I Liga – alguns por campeonatos estrangeiros -, o que proporciona aos jovens futebolistas uma evolução e maturação mais céleres.
Mesmo num ano atípico – e com desenlace triste – para a equipa A do Marítimo, a equipa liderada por Nélson Jardim catapultou vários jogadores para os trabalhos da formação cimeira, alguns deles com participação efectiva em jogos oficiais. Mais: o projecto Sub23 decorre de convite da Federação, o que não acontece, naturalmente, com a equipa B. Caso o Marítimo abdicasse da sua equipa B – conceito com identidade bem vincada e que já caminha para as 3 décadas -, o Clube seria punido com suspensão federativa. Ou seja, o eventual regresso da equipa B passaria, inevitavelmente, por uma caminhada que teria de ser iniciada pelas divisões regionais. Note-se que a formação Sub23 pode, a qualquer momento, ser reactivada.
Neste momento, o Marítimo conta com 77 jogadores profissionais sob contrato. Para a próxima temporada, as duas equipas profissionais deverão contar com um máximo de 53 futebolistas. O conjunto orientado por Tulipa terá, em cada treino, 20/21 jogadores, aos quais se juntam, caso o treinador assim o entenda, alguns jogadores liderados por Nélson Jardim, técnico que se mantém aos comandos da equipa que compete no Campeonato de Portugal.
A redução de activos implica escolhas difíceis, jamais perfeitas, mas as decisões impõem-se. O Marítimo procura, por isso, encontrar a melhor fórmula para a sustentabilidade das suas equipas profissionais, mas sem descurar os interesses dos atletas que, em função da conjuntura, terão de prosseguir as suas carreiras ao serviço de outros emblemas2, podemos ler em comunicado da Administração da Marítimo da Madeira – Futebol, SAD