O jornal, que cita “funcionários norte-americanos com acesso a informações classificadas”, disse que o centro de espionagem faz parte de um acordo entre Havana e Pequim que teria como contrapartida o pagamento de mil milhões de dólares a Cuba.
“Todos sabemos que espalhar boatos e calúnias é uma tática comum dos Estados Unidos”, reagiu o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros da China Wang Wenbin, em conferência de imprensa, acrescentando que Washington “há muito tempo ocupa ilegalmente a base de Guantánamo em Cuba”.
Wang acusou Washington de “participar em atividades opacas” no país caribenho e de “impor um embargo” à ilha “há mais de 60 anos”.
O porta-voz recomendou que as autoridades norte-americanas “reflitam” e “deixem de interferir nos assuntos internos cubanos sob o pretexto da democracia e dos direitos humanos” e que “cancelem imediatamente o embargo imposto a Cuba”.
O jornal indicou que uma base de espionagem em Cuba, a menos de 150 quilómetros da Florida, seria útil para conhecer os detalhes do tráfego marítimo, numa região com grande número de bases militares, bem como monitorar todas as comunicações eletrónicas da região sudeste dos Estados Unidos.
A notícia surge após órgãos internacionais terem avançado que o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, vai visitar a China, nos próximos dias.
A informação não foi confirmada por Pequim ou Washington.
Blinken já cancelou uma possível viagem ao país asiático em fevereiro passado, quando as relações entre as duas potências entraram em crise, depois de os EUA terem abatido um balão chinês, que sobrevoou o seu território, alegadamente para fins de espionagem.
Lusa