"A dotação do Orçamento de Estado (excluindo os Serviços de Ação Social) passou de cerca de 12,7 milhões de euros em 2010 para cerca de 11 milhões em 2017. Ou seja, houve uma redução de mais de 1,7 milhões de euros", disse José Carmo, durante a cerimónia do 29.º aniversário da Universidade da Madeira e, simultaneamente, da sua tomada de posse para um novo mandato de quatro anos.
José Carmo realçou, por outro lado, que a Universidade dos Açores teve, em 2017, uma dotação superior em 43,2%, recebendo mais 4,8 milhões de euros do que a UMa.
"Apesar da situação da Universidade da Madeira ser sólida, face ao saldo acumulado de que dispõe, esta tem vindo a degradar-se, fruto das consequências da crise económica que o país tem atravessado e que se manifestou, desde logo, através de sucessivos cortes orçamentais", disse.
O reitor destacou também a quebra do número de alunos e a sua influência direta no financiamento da instituição.
A Universidade da Madeira conta, atualmente, com cerca de 3.000 alunos.
"Não estamos a solicitar favores", declarou José Carmo, advertindo, no entanto, para a necessidade de se criar, em termos de políticas públicas, fundos estruturais para as regiões menos desenvolvidas.
"Ou se defende um número mínimo de instituições de ensino superior em Portugal, financiando apenas as instituições mais produtivas, ou se entende que, para o desenvolvimento sustentado do país, é fundamental as regiões possuírem instituições de ensino superior e se afeta uma discriminação positiva através de uma fórmula de financiamento adequada", salientou.